segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O Governo JK


Na segunda metade dos anos 50, o governo do presidente Juscelino Kubitschek dá grande impulso à industrialização brasileira e constrói uma nova capital para o país: Brasília.

Em 1955, Juscelino Kubitschek de Oliveira vence as eleições presidenciais pela coligação do PSD - Partido Social Democrático - com o PTB - Partido Trabalhista Brasileiro. O gaúcho João Goulart é eleito vice-presidente pela chapa de Kubitschek.

Setores militares e políticos da oposição, especialmente da UDN - União
Democrática Nacional -, iniciam um movimento a favor de um golpe militar contra a posse de Kubitschek e de João Goulart.

Estes representariam a continuidade do populismo e do nacionalismo do presidente Getúlio Vargas, morto em 1954. Mas em novembro de 55, o ex-ministro da guerra, General Teixeira Lott, põe as tropas nas ruas e garante a posse do presidente eleito.


O desenvolvimentismo é a principal política do governo Kubitschek, cujo slogan é "50 anos em 5". Industrializar aceleradamente o país, fazer da indústria o centro das atividades nacionais e superar definitivamente a dependência da economia do café são algumas das premissas de Kubitschek.


O incentivo ao investimento do capital estrangeiro é uma de suas estratégias.
O crescimento industrial no período Kubitschek é o maior de toda a história do Brasil. Em seu governo, a produção industrial cresce 80 % . Mas a meta síntese do período Kubitschek é a mudança da capital federal do Rio de Janeiro para o Centro-Oeste brasileiro.Com o objetivo de levar o desenvolvimento para o interior do país, a nova capital - Brasília - começa a ser construída em 1957.

O projeto da cidade fica com o urbanista Lúcio Costa e o arquiteto Oscar Niemeyer. Milhares de trabalhadores vêm de todas as partes do país para a construção de Brasília. Mais de 13 mil quilômetros de rodovias federais são construídos ligando a nova capital aos principais centros urbanos. A inauguração de Brasília acontece em 1960.


O período final do governo Kubitschek é marcado pela crise econômica.
O rápido crescimento da indústria e os gastos com a construção da capital, estão entre os fatores que elevam a inflação, de menos de 20% ao ano em 1956, a mais de 30% em 1960. Cresce a oposição ao governo.

Em 1957, 400 mil trabalhadores fazem uma greve geral por reajuste de salários para compensar a inflação. No Nordeste, as Ligas Camponesas reivindicam reforma agrária e agitam a política da região.

Atendendo a pressões dos nacionalistas, em 1959 Kubitschek rompe com o FMI - Fundo Monetário Internacional -, que havia condicionado a liberação de empréstimos a uma política de contenção salarial e corte nos gastos públicos. Esta medida não resolve os problemas da economia, mas faz crescer o apoio ao governo.

Kubitschek termina o mandato com boa popularidade. Mas fica uma crise econômica de herança para o próximo governo. Na memória do povo brasileiro, o período Kubitschek é lembrado como uma época de otimismo e de grandes realizações como a construção de Brasília.


Roteiro: Fernando Navarro


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Um comentário:

Anônimo disse...

Tia Paola o Texto do Jk ficou otimo.É MUITO interessante e legal.


BJOS MATHEWS THIAGO E EDUARDO